Elizabeth compreendeu imediatamente de onde provinha aquela deferência pela sua autoridade. Infelizmente não possuía informações que a justificassem.
Nunca ouvira dizer que ele tivesse parentes, exceto o pai e a mãe, e ambos já haviam falecido há muitos anos. Era possível, entretanto, que alguns dos seus companheiros do regimento pudessem dar informações mais substanciais. E, embora não tivesse grandes esperanças a esse respeito, aquela providência não era para se desdenhar.
Cada dia em Longbourn era agora um dia de ansiedade. Mas o mais angustiante dos momentos era o da chegada do correio. As cartas eram esperadas todas as manhãs com a maior impaciência. E cada dia aguardavam notícias de importância.
Antes de receberem nova carta de Mr. Gardiner, chegou uma para Mr. Bennet da parte de Mr. Collins. E, como Jane tinha recebido instruções de abrir toda a correspondência dirigida ao pai na ausência dele, leu a carta. E Elizabeth, que sabia como as cartas de Mr. Collins eram curiosas, se debruçou sobre a irmã e leu também. Dizia o seguinte:
"Meu caro senhor: sinto-me obrigado pelo nosso parentesco e pela minha situação na vida a apresentar-lhe as minhas condolências pela grande aflição que agora está sofrendo e da qual fomos informados ontem por uma carta do Hertfordshire. Fique certo, meu caro senhor, de que Mrs. Collins e eu próprio nos solidarizamos sinceramente com o senhor e toda a sua res-peitável família no seu atual sofrimento, que deve ser dos mais agudos, porque provém de uma causa que, o tempo não pode remover.