Orgulho e Preconceito - Cap. 49: Capítulo XLIX Pág. 323 / 414

Não há a menor necessidade de você voltar a Londres. Portanto, fique sossegado em Longbourn e conte com os meus cuidados e diligências. Mande a sua resposta o mais breve possível e tenha o cuidado de escrever claramente. Nós achamos melhor que a minha sobrinha se casasse em minha casa coisa que, espero, você aprovará. Ela virá hoje. Tornarei a lhe escrever assim que houver novas decisões. Seu, etc.

Edw. Gardiner".

- Será possível? - exclamou Elizabeth, assim que terminou a carta. - Será possível que ele se case com ela?

- Wickham não é tão mau então como nós pensávamos -disse Jane. - Meu pai, eu lhe dou os parabéns.

- E o senhor já respondeu à carta? - perguntou Elizabeth.

- Não, mas é coisa que precisa ser feita imediatamente. Elizabeth suplicou então que não perdesse mais tempo.

- Oh, papá - exclamou ela -, volte e escreva sem demora! Pense na importância que cada momento tem num caso desses...

- Deixe-me escrevê-la para o senhor - disse Jane -, este trabalho lhe desagrada.

- Desagrada-me muito - replicou ele -, mas precisa ser feito.

E dizendo isto ele se virou e voltou com as moças em direção à casa.

- E posso saber qual é a resposta? - perguntou Elizabeth. - Suponho que os termos devem ser aceitos.

- Aceitos? Só tenho vergonha de que ele peça tão pouco.

- E é preciso que eles se casem. No entanto, Wickham é um homem tão ordinário...

- Sim, sim, é preciso que eles se casem. Não há alternativa. Mas há duas coisas que eu desejaria muito saber: uma delas é quanto dinheiro o seu tio deve pagar para arranjar isto. E a segunda é como eu poderei reembolsá-lo.

- Dinheiro? Meu tio? - exclamou Jane. - Que é que quer dizer com isto?

- Quero dizer que nenhum homem, no seu juízo perfeito, se casaria com Lydia recebendo em troca uma compensação tão pequena.





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