Edw. Gardiner".
- Será possível? - exclamou Elizabeth, assim que terminou a carta. - Será possível que ele se case com ela?
- Wickham não é tão mau então como nós pensávamos -disse Jane. - Meu pai, eu lhe dou os parabéns.
- E o senhor já respondeu à carta? - perguntou Elizabeth.
- Não, mas é coisa que precisa ser feita imediatamente. Elizabeth suplicou então que não perdesse mais tempo.
- Oh, papá - exclamou ela -, volte e escreva sem demora! Pense na importância que cada momento tem num caso desses...
- Deixe-me escrevê-la para o senhor - disse Jane -, este trabalho lhe desagrada.
- Desagrada-me muito - replicou ele -, mas precisa ser feito.
E dizendo isto ele se virou e voltou com as moças em direção à casa.
- E posso saber qual é a resposta? - perguntou Elizabeth. - Suponho que os termos devem ser aceitos.
- Aceitos? Só tenho vergonha de que ele peça tão pouco.
- E é preciso que eles se casem. No entanto, Wickham é um homem tão ordinário...
- Sim, sim, é preciso que eles se casem. Não há alternativa. Mas há duas coisas que eu desejaria muito saber: uma delas é quanto dinheiro o seu tio deve pagar para arranjar isto. E a segunda é como eu poderei reembolsá-lo.
- Dinheiro? Meu tio? - exclamou Jane. - Que é que quer dizer com isto?
- Quero dizer que nenhum homem, no seu juízo perfeito, se casaria com Lydia recebendo em troca uma compensação tão pequena.