Assim que as visitas partiram, Elizabeth saiu para recuperar a tranquilidade. Ou, em outras palavras, para refletir sem interrupção nesses assuntos, que na realidade só a perturbariam ainda mais. A atitude de Mr. Darcy a surpreendia e penalizava.
Para que teria ele vindo, perguntava a si mesma, se era para permanecer silencioso, grave e indiferente? Ela não encontrava uma resposta que a satisfizesse.
"Ele continuou a se mostrar amável para com os meus tios, quando esteve em Londres. Por que não o é para comigo? Se tem medo de mim, por que veio aqui? Se ele não gosta mais de mim, por que é que fica silencioso? Que homem misterioso! Não pensarei mais nele."
Sua resolução foi cumprida involuntariamente por pouco tempo, devido à aproximação da irmã, que se juntara a ela com um ar alegre, que mostrava que tinha ficado muito mais satisfeita com a visita do que Elizabeth.
- Agora que o primeiro encontro passou - disse ela -, sinto-me perfeitamente à vontade. Conheço as minhas forças e nunca mais me sentirei embaraçada quando ele vier. Estou contente que ele venha jantar aqui na terça-feira. Todos terão ocasião de ver que nos encontramos apenas como conhecidos comuns e indiferentes.
- Oh, realmente muito indiferentes - disse Elizabeth, sorrindo. - Tome cuidado, Jane.
- Minha querida Lizzy, você não há de pensar que eu seja tão fraca que esteja agora em perigo.
- Acho que mais do que nunca você está em perigo de fazer com que ele se apaixone por você.
Não tornaram a ver Mr. Bingley e o seu amigo senão na terça-feira. E durante esse tempo Mrs. Bennet se entregara a todos os planos felizes que o bom humor e a polidez habitual de Bingley em meia hora de visita haviam reavivado,
Na terça-feira reuniu-se um grupo numeroso em Longbourn.