Orgulho e Preconceito - Cap. 57: Capítulo LVII Pág. 387 / 414

No entanto, apesar de todas estas vantagens, permita que eu previna a minha prima Elizabeth e ao senhor mesmo acerca dos males que poderão advir de um consentimento precipitado às propostas daquele cavalheiro; propostas de que naturalmente se sentirão inclinados a tirar imediato proveito."

- Você tem alguma ideia, Lizzy, de quem seja este cavalheiro? Mas agora surge a revelação:

"O motivo que tenho para preveni-la é o seguinte: temos razões para acreditar que sua tia, Lady Catherine de Bourgh, não olha com bons olhos este casamento".

- Está vendo, portanto, que se trata de Mr. Darcy. Está aí, Lizzy, creio que lhe dei uma grande surpresa. Poderiam Mr. Collins ou Lucas ter feito uma suposição mais absurda? Mr. Darcy, que nunca olha para uma mulher senão para criticar, e que provavelmente nunca olhou para você em toda a sua vida! É espantoso!

Elizabeth tentou achar graça, mas pôde apenas sorrir com relutância. Nunca o espírito do pai lhe parecera menos agradável.

- Você não está achando graça?

- Estou, sim, continue a ler.

''Tendo eu mencionado a possibilidade deste casamento a Lady Catherine ontem à noite, ela imediatamente exprimiu o que sentia acerca desse assunto, com a sua usual condescendência. Ela então proclamou que, devido a certas objeções de família, jamais daria o seu consentimento para o que, segundo a sua expressão, era um péssimo casamento. Achei que era do meu dever comunicar isto à minha prima para que ela e seu nobre admirador saibam o que estão fazendo e não se precipitem num casamento que não foi convenientemente sancionado."

- E Mr. Collins acrescenta o seguinte: "Causa-me muita alegria saber que o triste caso da minha prima Lydia conseguiu ser abafado tão depressa! E o que me preocupa apenas é que outros tenham ficado sabendo que eles vivessem juntos antes de se casarem.





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