- Se chegarem rapazes para Mary ou Kitty, pode mandar entrar, pois não tenho nada que fazer.
Elizabeth se sentiu aliviada de um grande peso. E, depois de refletir calmamente no seu quarto durante meia hora, voltou para junto dos outros com o rosto tranquilo. Tudo aquilo ainda era muito recente para que a sua alegria transbordasse. A noite passou tranquilamente. Não havia mais nada a temer e a calma voltaria aos poucos.
Quando a mãe subiu para o quarto, Elizabeth a acompanhou e fez a importante comunicação. O efeito foi extraordinário, pois ao ouvi-la Mrs. Bennet permaneceu completamente imóvel, incapaz de dizer uma só palavra. Só depois de muitos e muitos minutos ela pôde compreender o que tinha ouvido, embora estivesse sempre atenta a tudo o que redundasse em proveito para a família, ou que se apresentasse sob o aspecto de um noivo para qualquer uma das suas filhas. Finalmente ela começou a voltar a si, a se mexer na cadeira; levantou-se, tornou a sentar, abriu a boca, persignou-se!
- Meu Deus do céu! Deus me abençoe! Imagine! Ora essa! Mr. Darcy! Quem poderia supor? É verdade mesmo? Oh, minha querida Lizzy! Como você será rica e importante! Que mesadas, que jóias, que carruagens você terá! O casamento de Jane não é nada em comparação com o seu! Estou tão feliz, tão contente! Um homem tão encantador! Tão bonito! Tão alto! Oh, minha querida Lizzy! Perdoe-me por ter antipatizado com ele no princípio! Espero que ele me perdoe. Minha querida Lizzy... Uma casa em Londres! Tudo o que há de melhor! Três filhas casadas! Dez mil libras por ano! Meu Deus do céu, que será de mim? Vou ficar louca...
Essas exclamações eram suficientes para mostrar a Elizabeth que não precisava duvidar da aprovação da mãe.