Orgulho e Preconceito - Cap. 15: Capítulo XV Pág. 76 / 414

A manhã seguinte, entretanto, trouxe uma alteração. Durante uma conversa tête-à-tête com Mrs. Bennet pelo espaço de um quarto de hora da primeira refeição, a palestra que se iniciou acerca do seu presbitério conduziu-o naturalmente a confessar as suas esperanças de encontrar uma dona-de-casa em Longbourn. Mrs. Bennet, entre sorrisos amáveis e outros encorajamentos, procurou dissuadi-lo da escolha que parecia recair sobre Jane. Quanto às filhas mais moças, ela não podia responder positivamente, mas não sabia ao certo de nenhum impedimento da parte delas. Em relação à filha mais velha, porém, ela se sentia na obrigação de avisar que provavelmente ela ficaria noiva dentro de pouco tempo.

Mr. Collins, com a maior naturalidade, transferiu o seu projeto de Jane para Elizabeth. E isto foi logo feito, enquanto Mrs. Bennet falava sobre o assunto. Elizabeth, que vinha logo em seguida a Jane, em idade e beleza, era a sucessora natural.

Mrs. Bennet registrou a alusão, e nutriu esperanças de em breve ter duas filhas casadas. E o homem cujo nome ainda na véspera a enfurecera conquistou um alto lugar nas suas boas graças.

O projeto do passeio até Meryton não foi esquecido. Todas as irmãs concordaram, com exceção de Mary. E Mr. Collins, a pedido de Mr. Bennet, que estava ansioso para se ver livre dele e dispor à vontade da sua biblioteca, prontificou-se a acompanhar as meninas. Depois da primeira refeição, Mr. Collins acompanhou o dono da casa à biblioteca e lá continuaria, indefinidamente, teoricamente ocupado em examinar um dos grandes in-fólios da coleção, mas na verdade falando sem cessar sobre a sua casa e o seu jardim de Hunsford, se Mr. Bennet não tivesse sugerido aquele passeio com as meninas. Estas invasões dos seus domínios irritavam Mr.





Os capítulos deste livro