Desci do tombadilho, não com a intenção de desfrutar um momento de descanso, mas simplesmente porque me era insuportável, na altura, continuar a ver aquilo. Infatigável, Ransome, entregava-se na câmara às suas ocupações. Transformara-se para ele numa prática regular apresentar-me todas as manhãs um relatório extra-oficial acerca do estado de saúde da tripulação. De junto do aparador, virou-se para mim com o seu habitual olhar afável e sereno. Não havia uma nuvem na sua fronte cheia de inteligência.
«Hoje há uma boa parte dos homens que não está nada bem, senhor comandante», disse, numa voz tranquila. «Como? Foram-se todos abaixo?»
«No beliche, para falar verdade só ficaram dois, mas...» «Foi a noite que acabou por arrumá-los. Estivemos a alar e a içar toda esta santa noite.»
«Eu ouvi, comandante. Tencionava vir cá fora dar uma ajuda, mas o senhor comandante sabe... »
«É claro que não devia fazer isso. Você não deve... Além disso, os homens durante a noite deitaram-se no convés e no castelo da proa. É o costume. Mas não lhes faz bem nenhum.