Por um momento eles ficaram a olhar pasmados, obstruindo o caminho. Jukes forçou brutalmente a passagem pelo meio deles. Não disse nada, limitou-se a precipitar-se lá para dentro. Outro molho de coolies, lutando desesperadamente por abrir a escotilha trancada para se irem matar num tombadilho alagado, caiu como da primeira vez, e o imediato desapareceu debaixo deles como um homem colhido por um aluimento de terras.
- Venham comigo - gritou o mestre muito excitado.
- Toca a safar o imediato. Ele ainda morre espezinhado. Vamos.
Eles carregaram, pisando peitos, dedos, caras, embaraçando os pés em pilhas de roupas, afastando bocados de madeira partida a pontapé; mas antes de conseguirem deitar-lhe a mão Jukes emergiu enterrado até à cintura numa multidão de mãos crispadas. No instante em que desaparecera todos os botões do seu casaco tinham saltado, as costas foram rasgadas até à gola, o colete ficou despedaçado. A massa central dos chineses que lutavam passou para o outro lado com o balanço, negra, indistinta, impotente, com uma cintilação alucinada de muitos olhos na luz esbatida das lâmpadas.
- Deixem-me... raios os partam, estou bem - guinchou Jukes. - Empurrem-nos para a frente. Aproveitem a oportunidade quando ele arfar. Para a frente com eles. Atirem-nos contra a antepara. Juntem-nos.
A entrada impetuosa dos marinheiros na entrecoberta efervescente foi como um balde de água fria num caldeirão a ferver.