Alice no País das Maravilhas - Cap. 3: 3 - Uma Corrida Eleitoral e uma Longa História Pág. 18 / 91

“Mas ela também deve ser premiada, não é?” disse o Rato.

“É claro”, respondeu o Dodo com ar sério. “O que mais você tem no bolso?” prosseguiu ele, voltando-se para Alice.

“Só um dedal”, respondeu tristemente Alice.

“Dê-me aqui”, disse o Dodo.

Então todos se ajuntaram outra vez em volta dela, enquanto o Dodo solenemente lhe oferecia o dedal, dizendo: “Rogamoslhe que aceite este elegante dedal”. Assim que ele encerrou este breve discurso, todos aplaudiram.

Alice achou tudo um grande absurdo, mas todos pareciam tão sérios que ela não ousou dar risada. E, como não achava nada para dizer, ela simplesmente fez uma mesura, pegou o dedal e olhou para ele da maneira mais solene possível.

Em seguida começaram a comer os confeitos. Isso causou grande barulho e confusão, pois os pássaros maiores reclamavam que quase não tinham podido sentir o gosto, enquanto os menores engasgavam e tiveram de levar tapinhas nas costas. Enfim, tudo terminou, e todos sentaram-se outra vez em roda, pedindo ao Rato que lhes contasse mais alguma coisa.

“Você me prometeu contar sua história, lembra-se?” falou Alice, “e dizer por que detesta tanto os c... e os g...”, acrescentou num sussurro, com medo que ele se ofendesse de novo.

“Minha história é longa e triste como uma cauda!” disse o Rato, voltando-se para Alice e suspirando.

“De fato, é uma longa cauda”, disse Alice olhando com espanto para o rabo do Rato; “mas por que dizer que é triste?” E ela continuou remoendo esta pergunta enquanto o Rato falava, de modo que a ideia que ela guardou da história foi mais ou menos assim:





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