Alice no País das Maravilhas - Cap. 3: 3 - Uma Corrida Eleitoral e uma Longa História Pág. 20 / 91

“Você não está prestando atenção!” disse o Rato para Alice, em tom de censura, “em que está pensando?”

“Peço desculpas”, disse Alice humildemente, “você já tinha chegado na quinta volta, não é?” “Não, eu estava na nona linha!” gritou com rispidez o Rato, furioso.

“Nó na linha?!” disparou Alice, querendo ser prestativa e olhando ansiosamente em volta, “me deixe ajudar a desatá-lo!”

“De jeito nenhum”, disse o Rato, levantando-se para ir embora. “Você me insulta dizendo tais bobagens!”

“Não foi por mal!” defendeu-se a pobre Alice. “Mas você se ofende com qualquer coisa!”

Como resposta, o Rato apenas resmungou.

“Por favor, volte e termine a sua história!” implorou Alice. E todos disseram em coro: “Sim, por favor, volte!” Mas o Rato limitou-se a balançar a cabeça, impaciente, e apressou-se ainda mais.

“Que pena ele não querer ficar!” suspirou o Louro, assim que o perdeu de vista. E uma velha Carangueja aproveitou a oportunidade para dizer a sua filha: “Viu, minha querida? Que isso sirva de lição para você nunca perder a sua calma!” “Fique quieta, mãe!” replicou a jovem Carangueja, com certa petulância. “Você faz até uma ostra perder a paciência!”

“Só queria que Diná estivesse aqui, queria mesmo!” disse Alice em voz alta, mas sem se dirigir a ninguém em particular. “Ela o traria de volta num instante!”

“E quem é Diná, se é que posso ousar esta pergunta?” disse o Louro.

Alice respondeu com entusiasmo, pois estava sempre disposta a falar de seu animalzinho: “Diná é a gata lá de casa.





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