A Última Aventura de Sherlock Holmes - Cap. 2: A AVENTURA DE WISTERIA LODGE Pág. 5 / 210

Gregson apertou a mão de Holmes e apresentou o colega, o inspector Baynes, da Polícia de Surrey.

- Andamos à caça, Mr. Holmes, e a pista que seguimos trouxe-nos até aqui, - Gregson pousou os olhos de buldogue no nosso Visitante. - É Mr. John Scott Eccles, de Popham House Lee?

- Sou.

- Passámos toda a manhã a segui -lo.

-Localizaram-no pelo telegrama, é óbvio - disse Holmes.

- Exactamente, Mr. Holmes. Descobrimos a pista nos Correios de Charing Cross e viemos ter aqui.

- Mas por que me seguem? Que me querem?

- Queremos uma declaração sua, Mr. Scott Eccles, sobre os acontecimentos que levaram à morte, ontem à noite, de Mr. Aloysius Garcia, de Wisteria Lodge, perto de Esher.

O nosso cliente endireitou-se na cadeira com os olhos arregalados e sem pinta de sangue no rosto atónito.

- Morte? O senhor diz que ele está morto?

- Digo, sir, Mr. Garcia está morto.

- Mas como? Um acidente?

- Homicídio, tão certo como estarmos aqui.

- Meu Deus! E terrível! O senhor não... o senhor não suspeita de mim?

- Foi encontrada uma carta sua no bolso do morto. Ficámos a saber por ela que o senhor destinara passar a noite de ontem na casa dele.

- E passei.

- Ah, passou, não passou?

O inspector muniu-se imediatamente do bloco de notas.

- Um momento, Gregson - disse Sherlock Holmes. - O que você quer é uma simples declaração, não é?

- E é meu dever avisar Mr. Scott Eccles de que poderá ser usada contra ele.

- Mr. Eccles ia precisamente contar-nos tudo quando você chegou. Watson, acho que um brande com soda não lhe fará mal. Agora, sir, peço-lhe que faça de conta que não entrou ninguém e que nos relate os acontecimentos como se dispunha a fazer antes de sermos interrompidos.





Os capítulos deste livro