A Última Aventura de Sherlock Holmes - Cap. 5: A AVENTURA DOS PLANOS BRUCE-PARTINGTON Pág. 95 / 210

Segundo as suas palavras, que a esposa, corrobora (única confirmação) esteve, em casa toda a noite de segunda-feira, depois de sair do trabalho, e a chave nunca abandonou a corrente do relógio onde a pendura.

- Fala-nos de Cadogan West.

- Era funcionário há dez anos e prestava bom serviço. Possuía fama de impulsivo, de ferver em pouca água, mas era um homem franco e honesto. Nada tínhamos contra ele. Estava abaixo de Sidney Johnson no gabinete. As suas funções punham-no em contacto diário, pessoal, com os planos. Ninguém mais os manuseava.

- Quem fechou os planos nessa noite?

- Mr. Sidney Johnson, o funcionário superior.

- Nesse caso, não restam dúvidas sobre quem se apoderou deles. Acabaram por ser encontrados na posse desse jovem funcionário, Cadogan West. Acerca deste ponto, acho que tudo está claro.

- Pois está, Sherlock, mas há muita coisa por explicar. Antes do mais, por que foi que ele os tirou?

- Eram valiosos, presumo...

- Oh, não teria dificuldade em vendê-los por milhares de libras!

- Haveria algum motivo para levar os planos para Londres sem ser com vista a vendê-los?

- Não vejo nenhum.

- Então vamos considerar o propósito de venda como hipótese de trabalho. O jovem West apoderou-se dos papéis, Só o poderia ter feito se possuísse uma chave falsa...

- Várias. Teve de-abrir a porta principal do edifício e a do gabinete.

- Possuía, por conseguinte, várias chaves falsas. Levou os papéis para Londres, a fim de vender o segredo, tencionando, sem dúvida, recolocar os planos no cofre pela manhã, antes de alguém dar pela sua falta. Enquanto executava a traição, em Londres, encontrou a morte.

- Como?

- Partamos do princípio de que regressava a Woolwich quando foi morto e atirado à linha.





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