Orgulho e Preconceito - Cap. 38: Capítulo XXXVIII Pág. 234 / 414

E, embora triste porque os hóspedes iam embora, ela não parecia agora querer solicitar a sua compaixão. A casa, os trabalhos domésticos, a paróquia, a criação de aves domésticas e todos os demais trabalhos ainda não tinham perdido o encanto. Finalmente a carruagem chegou, as malas foram amarradas, os embrulhos levados para o interior e foi-lhes anunciado que tudo estava pronto. Depois de uma despedida afetuosa, Elizabeth foi levada até a carruagem por Mr. Collins e, enquanto caminhavam pelo jardim, ele a encarregava de levar os seus mais respeitosos cumprimentos para a família, sem se esquecer dos agradecimentos pelas atenções que recebera em Longbourn quando lá estivera e das saudações para Mr. e Mrs. Gardiner, embora não os conhecesse. Depois a ajudou a subir para a carruagem. Maria acompanhou-a e a porta estava a ponto de ser fechada quando de súbito ele lembrou que elas se tinham esquecido de deixar qualquer mensagem para as senhoras de Rosings. "Naturalmente", acrescentou ele, "desejarão que eu transmita os seus humildes respeitos com os seus mais cordiais agradecimentos pelas bondades de que foram objeto enquanto aqui moraram." Elizabeth não fez objeção a isto. A porta pôde ser fechada e finalmente a carruagem se afastou.

- Arre! - exclamou Maria, depois de alguns minutos de silêncio. - Parece que chegamos ontem. E no entanto quanta coisa aconteceu!

- Muita coisa de fato - concordou Elizabeth, com um suspiro.

- Jantamos nove vezes em Rosings e tomamos chá duas vezes lá. Quanta coisa terei para contar!

Elizabeth acrescentou consigo: e quanta coisa eu terei que esconder! A viagem decorreu sem muita conversação e sem nenhum incidente. Quatro horas depois de terem saído de Hunsford, chegaram à casa de Mr. Gardiner, onde deviam passar alguns dias.





Os capítulos deste livro