Orgulho e Preconceito - Cap. 47: Capitulo XLVII Pág. 312 / 414

Mas o horror do que poderia acontecer quase me privou do uso das minhas faculdades.

- Os seus cuidados foram demasiados. Você não me parece estar muito bem de saúde. Antes eu tivesse ficado a seu lado. Você teve de suportar tudo sozinha...

- Mary e Kitty foram muito prestativas. E estou certa de que teriam compartilhado das minhas fadigas de boa vontade, mas achei que não convinha a nenhuma das duas. Kitty é muito sensível e Mary estuda tanto que as suas horas de repouso não devem ser interrompidas. Minha tia Philips veio na terça-feira, depois que papá foi embora. E teve a bondade de ficar até quinta comigo. O seu auxílio nos foi precioso. E Lady Lucas também tem sido muito delicada. Ela veio até aqui, a pé, na quarta-feira de manhã, para exprimir os seus sentimentos e oferecer os seus serviços e os de qualquer uma das suas filhas, caso tivéssemos necessidade.

- Seria melhor que ela tivesse ficado em casa - exclamou Elizabeth; - talvez a intenção tenha sido boa, mas numa situação como esta deve-se ver os vizinhos o menos possível. Qualquer auxílio é impossível. As condolências são insuportáveis. Que elas triunfem a distância e se dêem por satisfeitas.

Elizabeth perguntou então quais eram os planos do pai para a descoberta de Lydia.

- Creio que ele tencionava ir a Epsom, lugar onde os fugitivos trocaram os cavalos, falar com os postilhões e ver se poderia obter deles alguma informação. O objetivo principal era descobrir o número do coche de aluguel que os trouxe de Clapham. Ele tinha trazido um freguês de Londres. É possível que ao trocarem de carro alguém os tivesse visto, por isso papá tencionava fazer indagações em Clapham. Se conseguisse desco-brir a casa aonde o cocheiro foi levar o freguês, faria indagações lá e talvez não fosse impossível descobrir o posto e o número do coche.





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