Orgulho e Preconceito - Cap. 58: Capítulo LVIII Pág. 396 / 414

Ela tornou a exprimir a sua gratidão, mas o assunto era demasiado penoso para ambos para que insistissem nele.

Depois de caminharem várias milhas sem destino, sem repararem para onde se dirigiam, viram nos seus relógios que era hora de ir para casa.

- Que terá sido feito de Mr. Bingley e Jane?

Esta observação os levou naturalmente a discutir este caso. Darcy estava encantado com o noivado. Seu amigo lhe dissera tudo imediatamente.

- Ficou surpreendido? - perguntou Elizabeth.

- De modo algum. Quando parti, já sabia que isto devia acontecer.

- Quer dizer que deu o seu consentimento? Desconfiava disto também.

Embora ele protestasse contra a expressão, Elizabeth compreendeu que a sua suposição não estava muito longe da verdade.

- Na noite antes da minha partida para Londres - disse Darcy -, eu fiz a Bingley uma confissão que, acredito, já devia ter feito há muito tempo. Contei-lhe tudo o que tinha ocorrido e disse que esses fatos me tinham feito compreender que a minha interferência no caso dele e de Jane tinha sido desastrosa. A sua surpresa foi grande. Ele não suspeitava de nada. Disse, além disso, que tinha razões para acreditar que me tinha enganado quando dissera que a sua irmã lhe era indiferente. E como vi imediatamente que a afeição dele por ela continuava inalterada, não tive dúvida de que viessem a ser muito felizes juntos.

Elizabeth não pôde deixar de sorrir da facilidade com que ele conduzia o amigo.

- Foi a sua própria observação que o convenceu de que a minha irmã amava a Bingley ou se baseou apenas na minha informação?

- Foi a minha observação. Durante as duas últimas visitas que fiz aqui ultimamente, observei-a atentamente. Fiquei convencido de que ela o amava sinceramente.

- E Bingley acreditou imediatamente na sua afirmação?

- Acreditou.





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