Depois de caminharem várias milhas sem destino, sem repararem para onde se dirigiam, viram nos seus relógios que era hora de ir para casa.
- Que terá sido feito de Mr. Bingley e Jane?
Esta observação os levou naturalmente a discutir este caso. Darcy estava encantado com o noivado. Seu amigo lhe dissera tudo imediatamente.
- Ficou surpreendido? - perguntou Elizabeth.
- De modo algum. Quando parti, já sabia que isto devia acontecer.
- Quer dizer que deu o seu consentimento? Desconfiava disto também.
Embora ele protestasse contra a expressão, Elizabeth compreendeu que a sua suposição não estava muito longe da verdade.
- Na noite antes da minha partida para Londres - disse Darcy -, eu fiz a Bingley uma confissão que, acredito, já devia ter feito há muito tempo. Contei-lhe tudo o que tinha ocorrido e disse que esses fatos me tinham feito compreender que a minha interferência no caso dele e de Jane tinha sido desastrosa. A sua surpresa foi grande. Ele não suspeitava de nada. Disse, além disso, que tinha razões para acreditar que me tinha enganado quando dissera que a sua irmã lhe era indiferente. E como vi imediatamente que a afeição dele por ela continuava inalterada, não tive dúvida de que viessem a ser muito felizes juntos.
Elizabeth não pôde deixar de sorrir da facilidade com que ele conduzia o amigo.
- Foi a sua própria observação que o convenceu de que a minha irmã amava a Bingley ou se baseou apenas na minha informação?
- Foi a minha observação. Durante as duas últimas visitas que fiz aqui ultimamente, observei-a atentamente. Fiquei convencido de que ela o amava sinceramente.
- E Bingley acreditou imediatamente na sua afirmação?
- Acreditou.