Mas eu quase conseguira pôr-me a andar dali para fora.
Para fora, para o mar. O mar... - que é puro, seguro e afável. Só mais três dias.
Esta ideia dava-me força e não me deixava por um momento, enquanto regressava ao navio. Na câmara dos oficiais, deu-me as boas vindas a voz do médico e as suas formas cheias seguiram-se à voz mergulhada no segundo camarote, a estibordo, onde estava montada a botica do navio em segurança, por cima do beliche.
Vendo que eu não me encontrava a bordo, disse o médico, dirigira-se para aí, para inspeccionar a carga de medicamentos, ligaduras, etc. Tudo estava completo e bem arrumado.
Agradeci-lhe; tinha pensado em pedir-lhe justamente que o fizesse, porque dentro de poucos dias, como era do seu conhecimento, íamos fazer-nos ao mar, onde terminariam por fim todas as nossas preocupações.
Escutou-me com a maior gravidade e sem me responder. Mas quando desabafei com ele a propósito de Burns, sentou-se ao meu lado e, descansando a mão no meu joelho, num gesto amigável, solicitou-me que reflectisse bem naquilo a que me ia arriscar.