- Bilhete de ida e volta para Mackleton, no Norte de Inglaterra - disse Holmes, tirando-o da algibeira do colete. - Ainda não é meio-dia. Não há dúvida de que partiu bem cedo.
As pálpebras franzidas começaram a tremer e uns olhos cinzentos, ainda sem expressão, olharam para nós. Instantes depois, o homem levantou-se, com o rosto corado de vergonha.
- Perdoe-me esta fraqueza, Sr. Holmes, mas tenho andado um pouco perturbado. Agradecia-lhe, se fosse Possível, um copo de leite e algumas bolachas, pois tenho a certeza de que me sentiria melhor. Vim cá pessoalmente, Sr. Holmes, para garantir que o senhor regresse comigo. Temia que um telegrama não o convencesse da absoluta urgência do caso.
- Quando se sentir recuperado...
- Já estou bastante melhor. Não consigo imaginar por que é que me senti tão abatido. Sr. Holmes, pretendo que venha comigo a Mackleton já no próximo comboio.
- O meu amigo abanou a cabeça.
- O meu colega, Dr. Watson, poder-lhe-ia dizer até que ponto é que estou ocupado neste momento: Estou preso com o caso dos Documentos Ferrers e o assassínio de Abergavenny vai em breve a tribunal. Só um caso extremamente importante é que me afastaria de Londres neste momento.
- Importante! - A nossa visita ergueu as mãos. – Não ouviu falar do rapto do único filho do duque de Holdernesse?
- Quê? O ex-ministro?
- Exactamente. Tentámos que os jornais não publicassem a notícia mas, na noite passada, corriam boatos sobre o caso no Globe.
- Pensei que tivessem chegado aos seus ouvidos.
Holmes estendeu o seu longo braço e pegou no volume «R» da sua enciclopédia de consulta.
- Holdernesse, 6º Duque, K.G., P.C., ... uma série infindável de títulos!.