Belus, que considerava atentamente os diamantes, achava que toda uma das suas províncias mal daria para pagar tão rico presente. Mandou que preparassem para o desconhecido oferendas ainda mais magníficas do que as que estavam destinadas aos três monarcas. "Esse jovem dizia ele consigo - deve ser filho do rei da China, ou dessa parte do mundo que chamam Europa, de que ouvi falar, ou da África que é, dizem, vizinha do reino do Egito".
Mandou imediatamente o escudeiro-mor cumprimentar o desconhecido e perguntar-lhe se era ele soberano de algum daqueles impérios e por que, possuindo tão espantosos tesouros, viera apenas com um valete e com um pequeno saco.
Enquanto o escudeiro-mor avançava pelo anfiteatro para desincumbir-se da sua missão, chegou outro valete montado num unicórnio, e que assim se dirigiu ao jovem:
- Ormar, vosso pai está para morrer, e eu vim avisar-vos.
O desconhecido ergueu os olhos ao céu, derramou algumas lágrimas e só pronunciou esta palavra:
- Partamos.