A Princesa da Babilónia - Cap. 11: Capítulo 11 Pág. 74 / 82

O invencível Amazan as investe por fora. Saem todos armados, cada qual no seu unicórnio; Amazan posta-se à frente deles. Não tem dificuldade em derribar os aguazis, os familiares, os sacerdotes antropokaias; cada unicórnio espetava dúzias deles ao mesmo tempo. A fulminante de Amazan cortava em dois todos aqueles que se lhe deparavam; o povo fugia com suas capas negras e golas sujas, tendo sempre na mão as contas bentas por amor de Dios. Amazan abotoa o grande inquiridor no seu tribunal e lança-o sobre a fogueira que estava preparada a quarenta passas; ali também lançou, de um em um, os outros pequenos inquiridores. Prosterna-se em seguida aos pés de Formosante.

- Ah! como sois encantador - disse ela. - E como eu vos adoraria se não me tivésseis feito uma infidelidade com uma mulher de negócio!

Enquanto fazia as pazes com a princesa, enquanto os gangáridas empilhavam na fogueira os corpos de todos os antropokaias e as chamas se elevavam até as nuvens, viu Amazan, ao longe, como que um exército que se aproximava. Um velho monarca, com a coroa na cabeça, avançava num carro puxado por oito mulas atreladas com cordas; seguiam-se cem outros carros. Eram acompanhados por graves personagens de trajes pretos com gargantilhas, montados em belos cavalos; seguia-os uma multidão de gente a pé, silenciosa e de cabelos engordurados.

Amazan dispôs em torno de si os seus gangáridas e avançou de lança em riste. Logo que o rei o avistou, tirou a coroa, desceu do carro, beijou o estribo de Amazan e disse-lhe:

- Homem enviado de Deus, sois o vingador do gênero humano, ó libertador de minha pátria, o meu protetor.





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