A Princesa da Babilónia - Cap. 11: Capítulo 11 Pág. 76 / 82

O rei perguntou ao belo Amazan, à bela Formosante e à bela fênix o que pretendiam fazer.

- Quanto a mim - disse Amazan - a minha intenção - é voltar à Babilônia, de cujo trono sou herdeiro presuntivo, e pedir a meu tio Belus a mão de minha prima, a incomparável Formosante, a menos que ela prefira viver comigo entre os gangáridas.

- O meu desejo - disse a princesa - é certamente jamais me separar de meu primo. Mas creio conveniente ir ter com meu pai, tanto mais quanto ele só me deu licença para ir em peregrinação a Baçorá, e eu saí a correr mundo.

- Quanto a mim - disse a fênix, - seguirei por toda parte esses dois ternos e generosos amantes.

- Tem razão - disse o rei da Bética, - mas o regresso a Babilônia não é tão fácil como pensam. Todos os dias tenho notícias desse país, pelos navios tírios e por meus banqueiros palestinos, que mantêm correspondência com todos os povos da terra. Tudo está em pé de guerra para as bandas do Eufrates e do Nilo. O rei da Cítia reclama a herança de sua mulher, à frente de trezentos mil guerreiros a cavalo. O rei do Egito e o rei das Índias assolam também as margens do Tigre e do Eufrates, cada um à frente de trezentos mil homens, para vingar-se de haverem zombado deles. Enquanto o rei do Egito se acha fora de seu país, o rei da Etiópia depreda o Egito com trezentos mil homens; e o rei de Babilônia só tem seiscentos mil homens de prontidão.

»Confesso - continuou o rei - que, quando ouço falar - desses prodigiosos exércitos que o Oriente vomita de seu seio, e da sua espantosa magnificência; quando os comparo a nossos pequenos corpos de vinte a trinta mil soldados, tão difíceis de vestir e alimentar, sou tentado a crer que o Oriente foi feito muito tempo antes do Ocidente. Parece que saímos anteontem do caos, e ontem da barbárie.





Os capítulos deste livro