»Se obedeceres ao verdadeiro Deus, terás chuvas na primavera e no outono trigo, azeite, vinho, feno para os animais, e poderás comer e saciar-te.
»Imprimi estas palavras em seus corações, põe ante seus olhos, escreve-as sobre suas portas com a ideia de que seus dias se multipliquem.
»Faz o que mando, sem tirar nem acrescentar nada.
»Se aparece um profeta que profetize sucessos prodigiosos, se sua predicação é verdadeira, se o que prevê sucede, se diz: vamos, segui comigo aos Deuses estrangeiros... mata-o em seguida, que se levante todo o povo contra ele para feri-lo.
»Quando o Senhor os entregue as nações, degola sem perdoar a um só homem, não tenhais piedade de ninguém.
»Não comais animais impuros, como o são a águia, o grifo e o ixião.
»Não comais tão-pouco animais ruminantes e que tenham as unhas fendidas, como o camelo, a lebre, o porco-espinho.
»Se observais estos mandatos, sereis abençoados na cidade e nos campos, e serão benditos os frutos de seu ventre, de sua terra e de suas bestas.
»Se não obedeceis todos estes mandamentos nem observais todas as cerimônias, sereis malditos na cidade e nos campos; sofrerás a pobreza e fome, morrerás de frio, de febre e de miséria; tereis sarna, fístulas,... os assaltarão úlceras nos joelhos e nos músculos.
»O estrangeiro os prestará com usura, porém vocês não lhe prestareis desse modo, porque vocês quereis servir ao Senhor.., etc., etc.
É evidente que em todas estas promessas e ameaças não se trata mais que do temporal, e não se encontra uma só palavra que verse sobre a imortalidade da alma nem sobre a vida futura.