Capítulo 7: O SOLDADO
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O sino lutuoso Não lembrará meu fim: Preces, que o morto afagam, Não se erguerão por mim! O filho dos desertos, O lobo carniceiro, Há-de escutar alegre Meu grito derradeiro! Ó morte, o sono teu Só é sono mais largo; Porém, na juventude, É o dormi-lo amargo; Quando na vida nasce Essa mimosa flor, Como a cecém suave, Delicioso amor; Quando a mente acendida Crê na ventura e glória; Quando o presente é tudo. E inda nada a memória! Deixar a cara vida, Então é doloroso, E o moribundo à Terra Lança um olhar saudoso. A taça da existência No fundo fezes tem; Mas os primeiros tragos Doces, bem doces, vem. E eu morrerei agora Sem abraçar os meus, Sem jubiloso um hino Alevantar aos Céus? Morrer, morrer, que importa? Final suspiro, ouvi-lo Há-de a pátria.
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Páginas: 117
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