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Capítulo 9: A VITÓRIA E A PIEDADE

Página 96
A VITÓRIA E A PIEDADE

I

Eu nunca fiz soar meus pobres cantos

Nos paços dos senhores!

Eu jamais consagrei hino mentido

Da Terra aos opressores.

Mal haja o trovador que vai sentar-se

À porta do abastado,

O qual com ouro paga a própria infâmia,

Louvor que foi comprado.

Desonra àquele, que ao poder e ao ouro

Prostitui o alaúde!

Deus à poesia deu por alvo a pátria,

Deu a glória e a virtude.

Feliz ou infeliz, triste ou contente,

Livre o poeta seja,

E em hino isento a inspiração transforme

Que na sua alma adeja.

II

No despontar da vida, do infortúnio

Murchou-me o sopro ardente;

E saudades curti em longes terras

Da minha terra ausente.

O solo do desterro, ai, quanto ingrato

É para o foragido,

Enevoado o céu, árido o prado,

O

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pág. 96 (Capítulo 9)

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Capa do livro A Harpa do Crente
Páginas: 117
Página atual: 96

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A SEMANA SANTA 1
A VOZ 32
A ARRÁBIDA 35
MOCIDADE E MORTE 56
DEUS 71
A TEMPESTADE 76
O SOLDADO 82
D. PEDRO 92
A VITÓRIA E A PIEDADE 96
A CRUZ MUTILADA 106