No deserto assentaram seu concílio
Esses que o céu, há pouco, mal continha...
Graves, sua atitude é ainda altiva,
E a majestade antiga está com eles.
Não choram sobre si - em qualquer parte
Aonde habite um Deus é aí um templo -
Porém a ingratidão dos homens falsos
Punge-os, que a não concebem: não concebem
Esses filhos do Bem o Mal escuro.
Dir-se-á que expiam o alheio crime;
Tanto os perturba a injustiça humana,
E da afronta, que sofrem, têm piedade...
Seus nobres corações choram: mas, fortes,
Os olhos não o dizem - como auroras,
Alegram o horizonte dos desertos!
VI
Ah! nós, nossas moradas tristes, nossas
Habitações escuras, não, não podem
Por mais tempo ficar em trevas, quando
Essa aurora imortal doura as montanhas!