Nem princesas, nem fadas. - Era, flor,
Era a tua lembrança que batia
Às portas, todas luz, do meu amor!
IX
Andava eu buscando o dia,
Mas não sei quem é que vinha
Tirar-mo, mal ia a tê-lo...
E, vês tu, não sei que tinha,
Não atinava com vê-lo
Neste céu d'Andaluzia!
Quando tu, passando ao lado
Deste cego, e erguendo a ponta
Da tua escura mantilha,
Me disseste - «olha se brilha
Aqui dentro... se desponta
Talvez aqui deste lado...»
Olhei... pois se era teu rosto!
Vi... pois se era teu olhar!
Ó pura lua d'Agosto
Sobre as águas do meu Tejo!
Perdi-me nesse luar...
Agora é que eu já não vejo,
Sob o céu d'Andaluzia,
Nem luz nem sol quando é dia!