Primaveras Românticas - Cap. 3: Pepa Pág. 29 / 118

Os tiranos da pátria me expulsaram,
Vim fugindo... e estou nu!
Não tenho lar, nem sombra, ou sede d'água...
Só a ti te possuo!

 

Perdi-me pela serra, regelei-me,
E sou todo tremor!
Faze do teu cabelo um manto régio...
Oh! veste-me d'amor!

 


XI

 

Também o amor nos veste...
Manto é o amor também!
Não veste com o cabelo
Ao filho a doce mãe?

 

Um canto de teus lábios...
Dize-me, aonde há tela
Que a alma nos envolva
Com púrpura mais bela?

 

Um doce olhar nos cobre...
Onde há régio cetim
Que tenha o doce brilho
Daquela luz sem fim?

 

Oh! deixa o mundo rir-se
Ao ver nossa nudez:
Nós somos como príncipes...
Incógnitos... bem vês!

 





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