Os tiranos da pátria me expulsaram,
Vim fugindo... e estou nu!
Não tenho lar, nem sombra, ou sede d'água...
Só a ti te possuo!
Perdi-me pela serra, regelei-me,
E sou todo tremor!
Faze do teu cabelo um manto régio...
Oh! veste-me d'amor!
XI
Também o amor nos veste...
Manto é o amor também!
Não veste com o cabelo
Ao filho a doce mãe?
Um canto de teus lábios...
Dize-me, aonde há tela
Que a alma nos envolva
Com púrpura mais bela?
Um doce olhar nos cobre...
Onde há régio cetim
Que tenha o doce brilho
Daquela luz sem fim?
Oh! deixa o mundo rir-se
Ao ver nossa nudez:
Nós somos como príncipes...
Incógnitos... bem vês!