Nem os dissipa o sol co'a luz erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
Contra uns débeis amores... se têm vida?!
III
Vida! mas vida plácida,
E doce, e maviosa...
Bem como, à noite, os cânticos
Do rouxinol à rosa.
Vida! que os astros fúlgidos
Às terras invejaram,
Se nós a divulgáramos...
Se os astros a sonharam...
Vida! que as noites trémulas
Têm medo de acordar,
Tanto duvidam, vendo-nos,
Se é vida ou se é sonhar.
Vida! brando crepúsculo
E esplêndido clarão...
Dois extremos unindo-se
Num mesmo coração.
Vida! de sóis falando-se
Através do esplendor...
De flores namorando-se...
Vida... vida d'amor!
IV