Não quero (sinal funesto!) 
Cruzeiros alevantados... 
Sejam-me cruz os seus braços 
Sobre meu corpo encruzados!
 
 
Foi nessa cruz que esperei, 
Enquanto esperar podia... 
Se não foi cruz da esperança, 
Seja-me cruz da agonia!
 
 
Não quero me dêem sombra 
Negros ciprestes erguidos... 
Bastam-me, enquanto eu dormir 
Os seus cabelos caídos!
 
 
Envolva meu corpo morto, 
Como perfumado véu, 
Essa teia d’ouro, aonde 
A vida se me prendeu...
 
 
É coisa justa, menina, 
Que esta defunta paixão, 
Já que sem pena a mataste, 
Se enterre em teu coração!
 
 
 VI
 
 
Guitarra, minha guitarra, 
Já que a corda te estalou, 
Pode acabar a cantiga 
Aonde o amor acabou!