Poética de vida e sangue e tudo!
Que só tomou por lei o livre Amor...
E escreve as epopeias numa flor...
E não quer mais que um ai por todo o estudo!
Andam ali os mundos encobertos,
Que um só olhar amante patenteia...
E a luz que doira muita escura ideia...
E essas fontes que nascem nos desertos...
Vós trazei-la no seio - e se a contemplo,
Mais que a Virgem ideal da meia-idade,
Não acho em todo o mundo uma cidade
Onde possa elevar-lhe altar e templo.
Mistérios... se d'amor... também profundos!...
Oh! quem me dera a mim - crente, que espera,
Sem ver ainda a luz - oh! quem me dera
Essa ignorância... que descobre mundos!
1864.
XV
A UNS QUINZE ANOS