Nenhuma cova ou terra solta desalisava as polidas áleas que a Arte traçou e enroscou na espessura - nenhum esgalho desgrenhado desmanchava as ondulações macias da folhagem que o Estado escova e lava. O piar das aves apenas se elevava para espalhar uma graça leve de vida alada; - e mais natural parecia, entre o arvoredo sociável, o ranger das selas novas, onde pousavam, com balanço esbelto, as amazonas espartilhadas pelo grande Redfern. Em frente ao Pavilhão de Armenonville cruzámos Madame de Trèves, que nos envolveu a ambos na carícia do seu sorriso, mais avivado àquela hora pelo vermelhão ainda húmido. Logo atrás a barba talmúdica de Efraim negrejou,
fresca também da brilhantina da manhã, no alto de um faetonte tilintante. Outros amigos de Jacinto circulavam nas Amacias - e as mãos que lhe acenavam, lentas e afáveis, calçavam luvas frescas cor de palha, cor de pérola, cor de lilás. Todelle relampejou rente de nós sobre uma grande bicicleta. Dornan, alastrado numa cadeira de ferro, sob um espinheiro em flor, mamava o seu imenso charuto, como perdido na busca de rimas sensuais e nédias. Adiante foi o psicólogo, que nos não avistou, conversando com um requebro melancólico para dentro de um coupé que rescendia a alcova, e a que um cocheiro obeso imprimia dignidade e decência. E rolávamos ainda, quando o duque de Marizac a cavalo, ergueu a bengala, estacou a nossa vitória para perguntar a Jacinto se aparecia à noite nos «quadros vivos» dos Verghanes. O meu Príncipe rosnou um «não, parto para o Sul...» que mal lhe passou de entre os bigodes murchos... E Marizac lamentou - porque era uma festa estupenda. Quadros vivos da História Sagrada e da História Romana!... Madame Verghane, Madalena, de braços nus, peitos nus, pernas nuas, limpando