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Capítulo 1: Os crimes da Rua Morgue

Página 13
Descontente com os abusos do inquilino, resolvera vir morar para a casa com a filha, recusando-se a alugar um só quarto que fosse. A velha senhora estava bastante diminuída. A testemunha vira a filha cinco ou seis vezes durante esses seis anos. As duas levavam uma vida muito isolada - constava que tinham fortuna própria. Os vizinhos diziam que Madame L’Espanaye ganhava a vida a ler a sina não acreditava. Nunca viu ninguém entrar em casa além da velha e da filha, um moço de recados uma ou duas vezes e um médico umas oito ou dez vezes.

Outros vizinhos depuseram no mesmo sentido. Nenhum deles mencionou qualquer frequentador da casa. Não sabiam se havia algum parente vivo de Madame L’Espanaye ou da filha. As persianas da janela da frente raramente se abriam. As das traseiras estavam sempre fechadas, excepto as da grande sala do quarto andar. A casa era de boa construção e relativamente recente.

Isidore Muset, gendarme. Foi chamado às três da manhã e veio encontrar à porta umas vinte ou trinta pessoas que se esforçavam por entrar em casa. Conseguiu arrombar a porta por meio da baioneta, e não com um pé-de-cabra como fora dito. Não fora uma operação difícil, visto que a porta era de duplo batente e não tinha ferrolho nem em cima nem em baixo. Os gritos que continuavam a ouvir-se cessaram no momento em que a porta foi arrombada. Pareciam gritos de uma ou mais pessoas atormentadas por um terrível sofrimento - gritos agudos, muito prolongados e não breves nem precipitados. A testemunha galgou as escadas. Quando chegou ao primeiro patamar ouviu duas vozes que discutiam alto e violentamente - uma voz rouca e a outra muito mais aguda, uma voz estranhíssima, Conseguiu distinguir algumas das palavras pronunciadas pela primeira - era um francês.

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Capa do livro Os Crimes da Rua Morgue
Páginas: 42
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Os capítulos deste livro:
Os crimes da Rua Morgue 1