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Capítulo 1: Os crimes da Rua Morgue

Página 26
A parte inferior da outra está escondida pela cabeceira da cama, que é pesada e está encostada a ela. A primeira estava bem fechada por dentro. Resistiu aos esforços mais violentos dos que tentaram levantá-la. Havia no caixilho do lado esquerdo um buraco feito à verruma, onde se encontrou um grande prego enterrado até à cabeça. Ao examinar a outra janela, encontrou-se um prego semelhante; e um esforço vigoroso feito para levantar esta Janela teve o mesmo resultado. A polícia ficou perfeitamente convencida de que ninguém podia ter saído por ali. E portanto pensou-se que era absolutamente supérfluo tirar os pregos e abrir as janelas.

»O exame que eu fiz foi bastante mais minucioso que isto, pela razão que já te expliquei: porque sabia que é preciso demonstrar que as impossibilidades aparentes não o são na realidade.

»Continuei a raciocinar assim, a posteriori. Os assassinos tinham fugido por uma dessas janelas. Sendo assim, não podiam ter voltado a fechar as janelas por dentro como vieram a ser encontradas, considerações que, pela sua evidência, puseram fim às investigações da polícia neste campo. As janelas estavam sem dúvida fechadas. É necessário, pois, que se possam fechar sozinhas. Não há maneira de fugir a esta conclusão. Dirigi-me à janela desimpedida, retirei o prego com certa dificuldade e tentei levantar a janela. Resistiu a todos os meus esforços como previra. Percebi então que devia existir uma mola escondida; e esta corroboração da minha ideia convenceu-me da exactidão das minhas premissas por muito misteriosas que fossem as circunstâncias que rodeavam os pregos. Um exame cuidadoso levou-me rapidamente à descoberta da mola secreta. Satisfeito com a descoberta, não me dei ao trabalho de abrir a janela.

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Capa do livro Os Crimes da Rua Morgue
Páginas: 42
Página atual: 26

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Os crimes da Rua Morgue 1