De manhã nunca se estava fortemente arrependido; não se tomavam resoluções mas, se se tinha exagerado e o coração estava ligeiramente perturbado, parava-se com as bebidas por uns dias sem dizer nada e esperava-se até que uma acumulação de tédio nervoso lançasse a pessoa noutra festa.
O vestíbulo do Yale Club estava deserto. No bar, três estudantes universitários muito jovens miraram-no por um instante sem curiosidade.
- Olá, Óscar - disse para o empregado do bar.
- Mr. Cahill esteve cá esta tarde?
- Mr. Cahill foi para New Haven.
- Ah sim?
- Foi assistir ao jogo. Foram muitos.
Anson olhou novamente para o vestíbulo, pensou durante um momento e depois saiu para a Quinta Avenida. De uma enorme janela de um dos clubes onde ele mal aparecera durante cinco anos - um homem grisalho, de olhos aguados, olhava-o. Anson desviou rapidamente os olhos. Aquela figura ali sentada numa resignação apática, numa solidão altiva, deprimia-o. Parou e, voltando para trás, meteu pela Rua 47 em direcção ao apartamento de Teak Warden. Teak e a mulher tinham já sido os seus amigos mais chegados, eram uma família que ele e Dolly Karger se tinham habituado a frequentar nos tempos do seu romance.