- São estudantes de Yale, suponho - disse Peter enquanto acabava um whisky e preparava outro.
Riram-se de novo. - Naaah!
- Então? Pensei que pudessem ser membros daquela pequena secção da universidade a que chamam Escola Científica de Sheffield.
- Naaah!
- Não? Isso é que é mau. Sem dúvida são estudantes de Harvard desejosos de passarem incógnitos neste... neste paraíso azul-violeta, como dizem os jornais. - Naaah! - disse Key com desdém - estávamos só à espera de uma pessoa.
- Ah! - exclamou Peter levantando-se e enchendo-lhes os copos - tinham encontro marcado com uma mulher da limpeza, hein? Muito interessante.
Ambos negaram indignados.
- Está bem - sossegou-os Peter -, não têm de que pedir desculpa. Uma mulher da limpeza é tão boa como qualquer outra mulher deste mundo. Kipling diz: «Qualquer mulher e Judy O'Grady debaixo da pele.»
- Claro - disse Key, piscando o olho a Rose.
- O meu caso, por exemplo ~ continuou Peter acabando o copo. - Tenho lá em cima uma rapariga mimada. O estafermo de rapariga mais mimada que já vi. Recusou-se a beijar-me sem razão nenhuma. Fez-me pensar de propósito: claro que te quero beijar, e depois pumba! Mandou-me passear! Onde é que é que a geração mais nova irá parar?
- Olhe que isso é pouca sorte - disse Key -, é muito pouca sorte.
- Caramba! - disse Rose.
- Tomam outro? - perguntou Peter.
- Estivemos metidos numa luta há bocado - disse Rose depois de um silêncio. - Mas foi muito longe.