O Grande Gatsby - Cap. 6: Capítulo VI Pág. 103 / 173

Conduziu-os cerimoniosamente de grupo em grupo:

- A senhora Buchanan... e o senhor Buchanan... - Após um instante de hesitação, acrescentou: - O jogador de pólo.

- Oh, não - objectou Tom vivamente -, eu não!

Mas era evidente que a designação agradara a Gatsby, pois Tom ficou a ser «o jogador de pólo» para o resto da noite.

- Nunca encontrei tantas celebridades! - exclamou Daisy. - Gostei muito daquele sujeito... como se chamava ele?... com um nariz a modos que azul.

Gatsby identificou-o, acrescentando que era um pequeno produtor.

- O que ele é não me interessa, só sei que gostei dele.

- Cá por mim, agradava-me mais não ser o jogador de pólo - disse Tom prazenteiramente. Preferia ficar a olhar para toda esta gente famosa no anonimato.

Daisy dançou com Gatsby. Lembro-me de ter ficado surpreendido com a graciosidade e o rigor com que ele executou o Fox-trot - nunca o tinha visto dançar. A seguir foram andando até minha casa e sentaram-se nos degraus, durante meia hora, enquanto eu, a pedido dela, fiquei de sentinela no jardim.

- Para o caso de haver um incêndio ou um dilúvio - explicou ela -, ou qualquer outra manifestação da vontade divina!

Já nós estávamos sentados para cear, quando Tom saiu do seu «anonimato».

- Importam-se de que eu me sente além a comer com aquela gente? - perguntou. - Está lá um tipo a contar umas coisas curiosas.

- Prá frente! - respondeu Daisy cordialmente. - E se quiseres tomar nota de alguns endereços, aqui tens a minha lapiseirinha de ouro!...

Passado um instante, olhou à sua volta e disse-me que a rapariga era «vulgar mas bonita», e só então percebi que, a não ser a meia hora que passara a sós com Gatsby, não se estava a divertir nada.

Quanto a nós, por minha culpa, ficámos numa mesa de gente particularmente embriagada.





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