Já perto da meia-noite, Tom Buchanan e a senhora Wilson estavam frente a frente, de pé, a discutir apaixonadamente se ela tinha ou não algum direito de mencionar o nome de Daisy.
- Daisy! Daisy! Daisy! - gritou a senhora Wilson. Hei-de dizê-lo quantas vezes eu quiser! Daisy! Dai...
Com um gesto curto e ágil, Tom Buchanan deu-lhe uma palmada em cheio no nariz.
Logo a seguir, eram toalhas ensanguentadas pelo chão da casa de banho, vozes de mulheres a protestar e, dominando a confusão, um prolongado e entre cortado grito de dor. O senhor Mckee acordou da sua soneca e, ainda entorpecido, encaminhou-se para a porta. Ao chegar a meio do caminho, voltou-se para trás e assistiu ao espectáculo a sua mulher e Catherine a vociferarem e consolarem ao mesmo tempo, nas suas idas e vindas com material de primeiros-socorros, aos tropeções por entre os móveis atravancados; e aquela figura de desespero, deitado no sofá, a sangrar abundantemente e a tentar desdobrar um exemplar do Town Tattle sobre o estofo com cenas de Versailles! Então, o senhor Mckee rodou sobre os calcanhares e continuou o caminho para a porta. Tirei o chapéu do candelabro e segui-o.
- Venha almoçar comigo um dia destes - alvitrou ele ao descermos, a resmungar, no elevador. - E onde?
- Num sítio qualquer.
- Tire as mãos da alavanca - resmungou o ascensorista.
- Peço desculpa! - disse, o senhor Mckee com dignidade. - Não reparei que estava a tocar nela.
- Está bem - disse eu. - Terei muito prazer em acompanhá-lo.
...Eu estava de pé, ao lado da cama dele, e ele sentado entre os lençóis, em roupa interior, com uma grande pasta de fotografias nas mãos:
- «A Bela e o Monstro… Solidão... Velho Cavalo de Transporte de Mantimentos… Ponte de Brook'n.