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Capítulo 4: Capítulo 4

Página 55

Enquanto proferia estas palavras, soerguera-me no banco. Ela segurou-me a mão e olhou-me com uma expressão de surpresa.

— Que se passa? — disse por fim.

— Ouça-me! — disse eu, decidido. — Ouça-me, Nastenka! O que lhe vou dizer agora não passa de uma tolice, é irrealizável, é disparatado! Sei que tal coisa nunca sucederá, mas, no entanto, não posso calar-me. Em nome de tudo aquilo por que sofre, peço-lhe antecipadamente perdão. Perdoe-me!...

— Mas o que? Que se passa?—disse ela. Deixara de chorar e olhava-me finamente, enquanto uma estranha curiosidade brilhava nos seus belos olhos surpreendidos.—Que tem o senhor?

— É irrealizável, mas amo-a, Nastenka! É isto o que tenho. Agora já disse tudo — proferi com um gesto de desespero. — Deixo pois ao seu critério se deve ou não continuar a falar-me, como até há momentos, se pode finalmente escutar tudo o que lhe vou dizer...

— Pois bem, que tem isso? — interrompeu. — Que mal tem isso? Sabia desde há muito tempo que me amava, mas parecia-me que me amava singelamente, assim... Ah, meu Deus, meu Deus!

— Primeiramente foi... «assim», Nastenka, mas agora... agora.~. estou exactamente no mesmo estado em que a Nastenka estava quando subiu ao quarto dele com a trouxa. Pior ainda, pois ele não amava outra pessoa, enquanto a Nastenka ama...

— Que está a dizer? Não o compreendo, afinal de contas! Mas escute então, como sucedeu isso, por que razão o senhor, subitamente... Santo Deus, estou a dizer tolices! Mas o senhor...

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Capa do livro Noites Brancas
Páginas: 67
Página atual: 55

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 14
Capítulo 3 44
Capítulo 4 52
Capítulo 5 65