— Pois, não interessa, elas podem ficar as duas. Mas o senhor, a partir de amanhã, virá instalar-se na nossa casa.
— Em vossa casa?... Bem, estou de acordo...
— Sim, passará a ser nosso hóspede. Temos um quartinho na mansarda. Está desocupado. A anterior hóspede, uma anciã nobre, foi-se embora, e a avó, eu sei, quer que o quarto seja ocupado por um jovem. Eu pergunto-lhe: «Porquê um jovem?» Ela responde: «Por nada, eu já estou velha e assim... Não penses, Nastenka, que to quero dar por marido...» Mas adivinhei logo que era justamente essa a ideia dela...
— Ah, Nastenka...!
E desatámos ambos a rir às gargalhadas.
— Vamos, basta, basta então! Mas onde mora? Esqueci-me de lhe perguntar—disse ela.
— Junto da ponte, no edifício Barannikov.
— É no grande edifício?
— Sim, no grande edifício.
— Sim, conheço: é um belo prédio. Apesar disso, deixe a casa e venha viver connosco o mais depressa possível...