Nesse instante, diante de nós, passou um jovem. De súbito, deteve-se, olhou-nos finamente e, em seguida, andou mais alguns passas. O meu coração começou a bater...
— Mastenka—disse a meia voz—, quem é?
— É ele! — disse-me ela num sussurro, apertando-se ainda mais, tremulamente, contra o meu corpo... Mal me sustinha sobre as pernas.
— Nastenka, Nastenka, és tu! — disse uma voz atrás de nós, e, ao mesmo tempo, o jovem deu alguns passos na nossa direcção...
Santo Deus, que grito! Como ela tremia! Como se soltou dos meus braços para voar ao encontro dele!...
Destroçado, fiquei a contemplá-los. Logo que lhe estendeu a mão, porém, mal se lançou nos seus braços, voltou-se de súbito para mim, surgiu a meu lado, como o vento, como um relâmpago, e, antes que tivesse recuperado a consciência, agarrou-se-me ao pescoço fortemente, com ambos os braços, e deu-me um beijo caloroso. Depois, sem me dizer uma palavra, correu de novo para ele, agarrou-lhe as mãos e arrastou-o atrás de si.
Durante muito tempo permaneci ali, seguindo-os com os olhos... Finalmente, desapareceram ambos.