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Capítulo 5: Capítulo 5

Página 67

Ou, então, um raio de sol que surgira subitamente por detrás de uma nuvem carregada de chuva escondera-se de novo atrás dela, e tudo pareceu escurecer novamente diante dos meus olhos; ou talvez que diante de mim tenha num ápice perpassado, desagradável e triste, toda a perspectiva do meu futuro e eu me tenha visto, exactamente como sou hoje, quinze anos depois, envelhecido, no mesmo quarto, com a mesma Matriona, à qual todos esses anos não teriam tornado mais esperta.

Mas que só eu recorde a minha dor, Nastenka! Que eu não chame com amargas censuras uma nuvem sombria sobre a tua clara e tranquila felicidade, que não desperte no teu coração o arrependimento nem o amargure com um secreto remorso ou o obrigue a bater com tristeza nos momentos de felicidade. Que não faça fenecer as ternas flores que colocarás nos teus cabelos negros no dia em que irás com ele ao altar... isso nunca! Nunca! Que o teu céu seja luminoso que seja claro e sereno o teu gentil sorriso e bendita sejas tu própria pelo minuto de felicidade e de alegria que proporcionaste a um coração solitário e grato.

Meu Deus! Um minuto inteiro de felicidade! Afinal, não basta isso para encher a vida inteira de um homem?...

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pág. 67 (Capítulo 5)

Sinopse >>

Capa do livro Noites Brancas
Páginas: 67
Página atual: 67

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 14
Capítulo 3 44
Capítulo 4 52
Capítulo 5 65