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Capítulo 4: Capítulo 4

Página 20
Terceira Proposição. Criar a fábula de um mundo "diverso" desse não tem sentido algum se pressupusermos que um instinto de calúnia, de amesquinhamento, de suspeição da vida não exerce poder sobre nós. Neste último caso, nos vingamos da vida com a fantasmagoria de uma "outra" vida, de uma vida "melhor". Quarta Proposição. Cindir o mundo em um "verdadeiro" e um "aparente", seja do modo cristão, seja do modo kantiano (um cristão pérfido no fim das contas) é apenas uma sugestão da décadence: um sintoma de vida que decai... O fato de o artista avaliar mais elevadamente a aparência do que a realidade não é nenhuma objeção contra essa proposição. Pois "a aparência" significa aqui uma vez mais a realidade; só que sob a forma de uma seleção, de uma intensificação, de uma correção... O artista trágico não é nenhum pessimista. Ele diz justamente sim a tudo que é digno de questão e passível mesmo de produzir terror, ele é dionisíaco...

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pág. 20 (Capítulo 4)

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Capa do livro Crepúsculo dos Ídolos
Páginas: 106
Página atual: 20

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 8
Capítulo 4 15
Capítulo 5 21
Capítulo 6 23
Capítulo 7 30
Capítulo 8 40
Capítulo 9 45
Capítulo 10 53
Capítulo 11 98
Capítulo 12 106