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Capítulo 5: Capítulo 5

Página 21
COMO O “MUNDO VERDADEIRO” ACABOU POR SE TORNAR FÁBULA HISTÓRIA DE UM ERRO

1.

O mundo verdadeiro passível de ser alcançado pelo sábio, pelo devoto, pelo virtuoso. - Ele vive no interior deste mundo, ele mesmo é este mundo. (Forma mais antiga da ideia, relativamente inteligente, simples, convincente. Transcrição da frase: "eu, Platão, sou a verdade".)

2.

O mundo verdadeiro inatingível por agora, mas prometido ao sábio, ao devoto, ao virtuoso ("ao pecador que cumpre a sua penitência"). (Progresso da ideia: ela se torna mais sutil, mais insidiosa, mais inapreensível - ela torna-se mulher, torna-se cristã...)

3.

O mundo verdadeiro inatingível, indemonstrável, impassível de ser prometido, mas já enquanto pensado um consolo, um compromisso, um imperativo. (No fundo, o velho sol, só que obscurecido pela névoa e pelo ceticismo; a ideia tornou-se sublime, esvaecida, nórdica, königsberguiana.)

4.

O mundo verdadeiro - inatingível? De qualquer modo, não atingido. E, enquanto não atingido, também desconhecido. Consequentemente tampouco consolador, redentor, obrigatório: Ao que é que algo de desconhecido poderia nos obrigar?... (Manhã cinzenta. Primeiro bocejo da razão. O canto de galo do positivismo.)

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Capa do livro Crepúsculo dos Ídolos
Páginas: 106
Página atual: 21

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Capítulo 1 1
Capítulo 2 2
Capítulo 3 8
Capítulo 4 15
Capítulo 5 21
Capítulo 6 23
Capítulo 7 30
Capítulo 8 40
Capítulo 9 45
Capítulo 10 53
Capítulo 11 98
Capítulo 12 106