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Capítulo 13: Eumeu, o Feitor de Ulisses

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Fomos para junto das muralhas da cidade e escondemo-nos, com as nossas armas nas silvas e nos canaviais de um pântano que ficava perto. Noite funda. De repente, levantou-se um vento norte que regelava, caiu neve em abundância, e cobriram-se de gelo os nossos escudos. Todos, excepto eu, possuíam boas túnicas e bons mantos, e, os ombros protegidos pelos broquéis, dormiam tranquilamente. Mas eu fizera a imprudência de deixar o manto na tenda. Já próximo da madrugada, quando os astros começam a inclinar-se para o seu ocaso, toquei com o cotovelo em Ulisses, que dormia a meu lado, e murmurei: «Magnânimo Ulisses, não esperes que eu viva muito tempo; estou transido de frio, pois não possuo manto; imprudentemente deixei-o no acampamento, e não sei como resistir ao mau tempo...

Ulisses, acordando, logo arranjou modo de me proteger. Como é homem de infinitas argúcias, segredou - me ao ouvido: «Silêncio, que mais ninguém te escute!...» E erguendo a voz: «Meus amigos, - disse para os nossos companheiros - tive um sonho e no sonho, um aviso de prudência. Estamos muito afastados dos nossos barcos, e somos poucos. Que um de vocês vá, rápido, pedir a Agamémnon, nosso chefe, para nos enviar reforços.»

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Capa do livro Odisseia
Páginas: 129
Página atual: 101

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A Odisseia 1
Telémaco e os Pretendentes 2
Calipso 8
A Tempestade 13
Nausica 19
O Cavalo de Pau 32
Polifemo e Ninguém 41
Éolo e Circe 54
Ulisses no Inferno 66
As Sereias Sila e Caribdes 75
Os Rebanhos do Sol 85
Ulisses Despede-se de Córcira 90
Eumeu, o Feitor de Ulisses 96
Telémaco Reconhece Ulisses 103
Argus, o Cão Fiel 114
Derrota dos Pretendentes, Vitória de Ulisses 118