Odisseia - Cap. 7: Polifemo e Ninguém Pág. 44 / 129

«Tive de arrastá-los e amarrá-los no fundo dos barcos, e não deixar que nenhum dos outros marinheiros se ausentasse para o interior. Depressa dei as velas ao vento e partimos outra vez. Íamos a caminho da Ciclópia, onde vivem e mandam os Ciclopes, monstros horríveis e ferozes que vêem apenas por um grande olho redondo, aberto no meio da testa, e que se ocupam em pastorear cabras.

«Entrámos facilmente e ancorámos no melhor porto dessa região, situada numa ilha pequena que os Ciclopes não habitavam Muitas cabras andavam por ali e nenhum outro ser vivo aparecia. Caçámos bastantes animais e, com o resto das provisões que levávamos, restaurámos as forças. Breve o sono fechou as nossas pálpebras.

«Dormimos descansados porque presença alguma perigosa nos ameaçava Mas, quando a aurora rosada despontou, organizei, com prudência e cautela, uma expedição à outra ilha maior, onde viviam os Ciclopes. Comandei-a eu próprio e acompanhava-me um grupo escolhido de marinheiros Ao abordarmos terra vimos logo em sítio próximo, sobre o primeiro cabo que dominava o mar, uma alta caverna toda rodeada de eloendros. Era a habitação de um ciclope gigantesco e, ao mesmo tempo, servia de





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