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Capítulo 9: Ulisses no Inferno

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Devorado também de fome, rodeiam-no árvores famosas, carregadas de frutos óptimos: - pêras, romãs, laranjas, figos, azeitonas. Mas quando o desgraçado ergue o braço para os apanhar, não sei que vento bravo sopra que eles sobem até às nuvens... E Tântalo, imortal no seu incomportável sofrimento, morre, instante a instante, à fome e à sede...

O tormento de Sísifo também Ulisses o evocou - mostrando esse rei desumano, assassino de homens, mulheres e crianças indefesas, a empurrar um grande e pesado rochedo que tenta levar ao cume de um monte penhascoso, em cujas asperezas fere os pés e as mãos... Mal o rochedo alcança o cume ambicionado, logo uma força oculta o repele, e o despenha até à planície. Recomeça Sísifo a tarefa extenuante. O suor cai-lhe torrencialmente da cabeça e do corpo. Ofegante, treme e suspira. Nuvens de pó envolvem-no todo, erguidas pelo rolar da pedra gigantesca.

Ele não cessa, porém, de carregá-la pelo monte acima, cumprindo assim a pena que o destino lhe impusera para redenção das suas crueldades.

Ulisses falou também de Hércules, temeroso gigante, e de tal modo pleno de força e ousadia que, mesmo depois de morto e feito sombra, às outras sombras do Inferno metia medo...

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Capa do livro Odisseia
Páginas: 129
Página atual: 73

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
A Odisseia 1
Telémaco e os Pretendentes 2
Calipso 8
A Tempestade 13
Nausica 19
O Cavalo de Pau 32
Polifemo e Ninguém 41
Éolo e Circe 54
Ulisses no Inferno 66
As Sereias Sila e Caribdes 75
Os Rebanhos do Sol 85
Ulisses Despede-se de Córcira 90
Eumeu, o Feitor de Ulisses 96
Telémaco Reconhece Ulisses 103
Argus, o Cão Fiel 114
Derrota dos Pretendentes, Vitória de Ulisses 118