Quando finalizei a minha prolongada exposição, Sua Majestade, no decurso de uma sessão, consultou as suas notas, manifestou-me as suas dúvidas e reservas, e fez-me perguntas sobre cada um dos pontos tratados. Inquiriu-me sobre os métodos empregados na educação física e intelectual dos nossos jovens patrícios, e em que se ocupavam durante os anos de formação, especialmente nos primeiros anos de vida; de que modo se renovava a nossa assembleia quando uma família nobre ficava sem descendência; que qualidades eram exigidas aos futuros lordes; se o capricho de um príncipe, se uma quantidade de dinheiro oferecida a uma dama da corte ou a um primeiro-ministro, ou então a vontade de reforçar um partido oposto ao interesse público, não intervinham nessas nomeações. Que grau de conhecimento das leis do país tinham esses lordes, e como o tinham alcançado, de modo a que pudessem resolver em última instância as disputas sobre os bens dos seus concidadãos. Se estavam totalmente isentos de desejo de enriquecer, de favorecer ou se tinham carências, de forma a não serem susceptíveis à corrupção ou a qualquer outro factor ignominioso que os pudesse influenciar. Quanto ao que respeita aos dignos prelados que mencionara, deviam sempre a promoção aos seus conhecimentos teológicos e a uma vida de virtude? Não teriam cedido ao espírito mundano quando eram simples sacerdotes? Não se teriam rebaixado à condição de capelães de um grande senhor, cujas opiniões seguiam fielmente uma vez admitidos na câmara alta?
Seguidamente quis que lhe explicasse o método de eleição para a Câmara dos Comuns; se um adventício, com a bolsa cheia, não podia influenciar o voto dos eleitores à custa dos proprietários das terras ou do senhor mais importante da vizinhança.