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Capítulo 5: Capítulo III

Página 187

CAPÍTULO III

Um fenómeno solucionado graças à filosofia e astronomia modernas. Grandes avanços dos laputienses nesta última ciência. Método de repressão usado pelo rei.

Solicitei a autorização deste príncipe para ver as curiosidades da ilha flutuante. Teve a bondade de ma conceder e deu indicações para ser acompanhado pelo meu professor. O que mais me interessava era averiguar por que fenómeno da natureza ou da técnica esta massa se deslocava. Sobre isto levo ao conhecimento do leitor um relato filosófico.

A ilha flutuante ou voadora é exactamente circular. Tem o diâmetro de 7837 jardas, cerca de quatro milhas e meia e, portanto, a superfície é de dez mil acres. Tem uma espessura de trezentas jardas. O seu fundo ou superfície inferior, a que é visível para os que a contemplam lá em baixo, é formado por uma camada lisa de diamante polido com umas duzentas jardas de espessura. Sobre ela assentam os diversos minerais na sua ordem natural, estando tudo coberto por uma camada de terra vegetal fértil com dez ou doze jardas de profundidade. O declive da ilha verifica-se da periferia para o centro, de forma a que a água que cai, em chuva fraca ou intensa, seja conduzida por canais que desembocam em quatro tanques grandes, cada um com meia milha de circunferência e situados a duzentas jardas do centro. A evaporação quotidiana produzida pelos raios solares impede que transbordem. Além disso, o monarca pode elevar a ilha por cima da zona de nuvens e de bruma e impedir, quando o achar conveniente, a queda de chuva ou chuvisco. Segundo todos os naturalistas, as nuvens mais altas nunca ultrapassam as duas milhas de altitude (pelo menos assim sucede naquela nação).

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Capa do livro As Viagens de Gulliver
Páginas: 339
Página atual: 187

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Carta do Comandante Gulliver a seu primo Sympson 1
Prefácio do primeiro editor Richard Sympson 3
Capítulo I 8
Capítulo II 85
Capítulo III 170
Capítulo IV 249