Procurar livros:
    Procurar
Procurar livro na nossa biblioteca
 
 
Procurar autor
   
Procura por autor
 
marcador
  • Sem marcador definido
Marcador
 
 
 

Capítulo 5: Capítulo III

Página 189
A ilha sobe verticalmente quando se orienta o pólo repulsivo para baixo. Quando a pedra está em posição oblíqua, o movimento da ilha é igualmente oblíquo. Neste íman as forças actuam sempre numa direcção paralela a si mesmo.

A ilha desloca-se às diversas regiões dos domínios deste soberano mediante este movimento oblíquo. Para dar uma ideia da manobra, considere-se AB uma linha que divide o estado de Balnibarbi em duas partes iguais; considere-se a linha cd o íman, sendo d o pólo negativo e c o positivo, e a posição da ilha, C; coloquemos o íman na posição cd com o pólo repulsivo para baixo; então a ilha ascenderá obliquamente em direcção a D. Quando chegar a D, giremos o íman sobre o eixo até que o pólo positivo indique E: a ilha deslocar-se-á obliquamente para E; enquanto que se o íman gira sobre o seu eixo até que fique na posição EF, com o pólo negativo para baixo, a ilha ascenderá obliquamente na direcção de F; dirigindo o pólo positivo para G, a ilha deslocar-se-á para G, e de G para H girando o íman de modo a que o pólo negativo aponte directamente para baixo. E assim, ao mudar a posição do íman com a frequência requerida, a ilha sobe e baixa alternadamente na direcção oblíqua. E mediante estas subidas e descidas alternadas (a obliquidade não é excessiva) a ilha desloca-se de uma para outra região da nação.

Mas é preciso indicar que a ilha não pode deslocar-se para além dos limites dos domínios da terra firme, nem pode elevar-se para cima das quatro milhas de altitude. Os astrónomos que dedicaram numerosos tratados ao íman fundamentam estes fenómenos nas seguintes razões: a força magnética não ultrapassa as quatro milhas; o mineral que actua sobre o íman a partir das entranhas da terra, e no mar a umas seis milhas da costa, não se encontra em todo o globo mas apenas nos limites dos domínios do soberano; e perante a grande vantagem de uma situação tão superior, tornava-se muito fácil para um príncipe submeter à sua jurisdição qualquer país sensível à força magnética do íman.

<< Página Anterior

pág. 189 (Capítulo 5)

Página Seguinte >>

Capa do livro As Viagens de Gulliver
Páginas: 339
Página atual: 189

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Carta do Comandante Gulliver a seu primo Sympson 1
Prefácio do primeiro editor Richard Sympson 3
Capítulo I 8
Capítulo II 85
Capítulo III 170
Capítulo IV 249