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Capítulo 6: Capítulo IV

Página 257
Aqui, o cavalo cinzento com manchas indicou-me que esperasse e entrou primeiro. Aguardei, então, no segundo aposento e, nesse intervalo, preparei as ofertas para os donos da casa, ou seja, duas facas, três pulseiras de pedras falsas, um pequeno espelho e um colar de pechisbeque. O cavalo deu três ou quatro relinchos. Esperava escutar a resposta em forma de voz humana, mas as únicas respostas efectuaram-se no mesmo dialecto, embora uma ou duas fossem mais ruidosas. Comecei a crer que esta casa devia pertencer a uma pessoa de elevada posição pois, aparentemente, a concessão de audiência era precedida por um demorado ritual. Mas o facto de uma pessoa de categoria ter cavalos como únicos criados superava a minha lógica. Temia que o meu cérebro tivesse sido afectado após tantas provações e reveses.

Voltei à realidade e percorri com a vista a sala onde me tinham deixado: estava arranjada como a primeira, sendo embora um pouco mais elegante. Esfreguei os olhos várias vezes, mas a decoração era a mesma. Dei beliscões em mim próprio, julgando que ia despertar de um sonho e cheguei a uma conclusão definitiva: tudo aquilo só podia ser coisa de magia ou de nigromancia.

Mas não tive oportunidade de prosseguir com estas reflexões. O cavalo cinzento aproximou-se da porta e fez-me sinais para que entrasse no terceiro aposento: vi uma belíssima égua, acompanhada de um potro e uma potra, todos sentados sobre os quartos traseiros em esteiras de palha, habilmente confeccionadas e muito limpas e ordenadas.

Mal entrei, a égua ergueu-se da esteira e, aproximando-se, examinou cuidadosamente as minhas mãos e cara e lançou-me um olhar altamente depreciativo; virou-se de imediato para o cavalo e ouvi que ambos repetiam a palavra Yahoo com frequência.

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Capa do livro As Viagens de Gulliver
Páginas: 339
Página atual: 257

 
   
 
   
Os capítulos deste livro:
Carta do Comandante Gulliver a seu primo Sympson 1
Prefácio do primeiro editor Richard Sympson 3
Capítulo I 8
Capítulo II 85
Capítulo III 170
Capítulo IV 249