Capítulo 3: Capítulo I
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Apanhei nove paus e cravei-os com firmeza na terra, formando uma figura quadrangular de dois pés e meio quadrados; prendi outros quatro paralelos aos cantos, a uns dois pés do solo; em seguida, atei o lenço aos nove paus que sobressaíam verticalmente do solo e estendi-o, cobrindo toda a superfície, até que ficou tão esticado como um tambor; e os quatro paus paralelos, cuja altura ultrapassava a do lenço numas cinco polegadas, faziam de parapeitos aterais. Quando concluí a operação solicitei ao imperador que enviasse um grupo de vinte e quatro cavaleiros seleccionados para que, sobre esta se, realizassem os seus exercícios. Sua Majestade aprovou tal proposta e eu mesmo os levantei, um a um, devidamente montados e armados, assim como aos oficiais que os iam dirigir. Uma vez em posição, dividiram-se em dois grupos, executaram simulacros de escaramuças, dispararam flechas sem pontas, simularam cargas, perseguições e retiradas, em síntese, manifestaram a melhor e inultrapassável disciplina militar. As barras paralelas impediam que cavalos e cavaleiros caíssem do cenário de operações improvisado. O imperador gostou tanto que ordenou que o entretenimento se prolongasse por vários dias. Houve até um momento em que ele manifestou o desejo de comandar pessoalmente os exercícios, para o que teve de ser levantado do solo; ainda que com dificuldade, chegou a persuadir a imperatriz a permitir que eu segurasse na mão a cadeira onde se sentava e a sustivesse a duas jardas do cenário, para que pudesse contemplar bem toda a representação. Tive a felicidade de não ter ocorrido nenhum percalço durante estas sessões, excepto numa ocasião em que o garboso cavalo de um dos capitães abriu uma brecha no lenço, golpeando-o com os seus cascos, e que, ao falhar-lhe uma pata, caiu, arrastando consigo o cavaleiro; mas ergui-os imediatamente e tapei o buraco com a mão, ao mesmo tempo que baixava as restantes tropas com a outra mão a mesma que os tinha levantado.
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